O ciberespaço, locus do novo nomadismo, não representa um território geográfico, mas um espaço invisível, composto pelos conhecimentos, saberes e fluxos de dados e informações. Entendido como um espaço dinâmico, vivo, que se inventa ao mesmo tempo que produz o seu mundo (Levy, 1997), o ciberespaço rompe com fronteiras nacionais e redimensiona as questões sociais, econômicas e políticas, à medida que modifica a relação tempo/espaço, possibilitando um maior e mais eficiente gerenciamento de dados. Neste contexto, o ciberespaço se configura como um novo campo de disputas políticas, voltado a uma lógica capitalista, na qual o voto se tornou mercadoria. Em um mundo cada vez mais conectado, no qual as redes sociais e os dispositivos móveis avançam e conquistam mais espaço, tornando-se parte importante da sociedade (Recuero, 2008), os indivíduos compartilham os seus dados publicamente no universo online e, de forma geralmente consentida, costumam abrir mão de parte da sua privacidad...