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Mostrando postagens de maio, 2019

O Papel do Discurso

Ao invés de colocar em pauta os reais problemas da educação brasileira, como as estruturas precárias, a não valorização dos docentes, a falta de estratégias de ensino mais amplas e abrangentes, capazes de combater o determinismo social, o presidente brasileiro apela para sua arma mais recorrente, a polarização. A separação entre “nós” e “eles”, entre o “certo” e o “errado”, entre os “bons” e os “maus”. A polarização é uma ferramenta útil e versátil, cabe à diversos contextos, sejam eles culturais, políticos, sociais ou econômicos e, serve muito bem ao Bolsonaro: na falta de capacidade técnica- intelectual para debater, rotula-se o outro pejorativamente, sem necessitar de maiores explicações. Neste contexto, o primado da emoção sobre a razão é essencial para a construção de uma polarização constante da população, dialética que permite ao governante legitimar suas condutas e decisões. E mais, ao rotular o debate político e social como discurso ideológico que precisa ser combat