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Mostrando postagens de dezembro, 2021

A luta contra a dominação cultural: aproximações entre militares e o bolsonarismo

Após o fim do regime militar e a consequente proclamação da Constituição de 1988, as forças armadas brasileiras se retraíram do campo político, buscando manter relações cordiais com os ocupantes do poder civil (Godoy, 2021; Fuccille, 2021 ). Enquanto retraídos do campo político, os militares buscaram fortalecer a visão interna sobre a ditadura, principalmente entre os jovens oficiais. O medo de uma suposta ameaça cultural ganhou corpo em 1989, quando o general Sérgio Augusto de Avellar Coutinho public ou um texto afirmando que os comunistas buscariam o domínio das instituições culturais e de educação, sob a influência do pensamento do ideólogo italiano Antonio Gramsci (Maud, 2021, Penido e Rodriguese, 2020 ) . O “gramscismo” e o “marxismo cultural” passam a ser identificados como “sucessores da hermenêutica leninista no movimento comunista internacional” (Godoy, 2021, p 42 ). Na década de 90, a luta contra o domínio cultural recebeu o auxílio de grupos mantidos por oficias da